A composição de algodão com a viscose aumenta a eficiência das máquinas, reduzindo as rupturas nas maçaroqueiras, filatórios de anel , filatórios open end e conicaleiras. Reduz a quantidade de fibras voláteis melhorando a limpeza e a qualidade do fio. Na malha melhora a regularidade reduzindo as “nuvens”, deixa o toque mais macio e liso. No quadro abaixo podemos ver um comparativo com o acréscimo de apenas 10 % de viscose em um fio de algodão: Quadro comparativo de fio 30/1 malharia com 90% de Algodão e 10% de Viscose. Feito com viscose de 1,3 dtex e corte de 32 mm. Essa mistura pode chegar até 20% de viscose brilhante (que é a mais comum no mercado) isso sem alterar as características do fio no tingimento, o que seria muito bom para reduzir os custos. Uma composição de mistura com mais viscose leva ao fio uma aparência de mescla, pois a fibra de viscose tem maior afinidade com o corante, o que a deixa mais escura após o tingimento e cria o contraste com o algodão mais claro.
Já com a viscose opaca a mistura pode aumentar para até 30%, sem que ela seja percebida no tingimento, pois o titânio adicionado a fibra de viscose para retirar o seu brilho natural, preenche o espaço do corante e deixa a viscose com um pouco menos de afinidade. Com isso após o tingimento a diferença de tonalidades entre o algodão e a viscose é quase imperceptível. Como os fios mesclas estão em moda, um fio mescla de fibras naturais e artificiais, que é o caso da composição algodão e viscose, seria um artigo muito atrativo, devido ao conforto, toque, caimento, etc. Essa composição seria muito mais nobre do que a principal composição utilizada pelo mercado com a desconfortável fibra de poliéster. Como todos dizem, “Nos momentos de crise devemos buscar as oportunidades”, por isso é hora de sermos criativos.
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